sexta-feira, 13 de junho de 2014

Caracas! Nem os mortos são respeitados no socialismo…


Para o caudilho não faltou caixão, e bem luxuoso…
O direito de enterrar de forma digna os mortos é reclamado há séculos. Basta ler Antígona, de Sófocles. A heroína da tragédia grega clama pelo direito de dar um enterro decente a seu irmão, pedido negado pelo rei Creonte. Até hoje usamos a expressão “aquele cara é o maior creonte” para designar um canalha. O socialismo é o maior creonte!
O mais novo item que vem desaparecendo do mercado venezuelano, fruto da escassez generalizada produzida pelo socialismo, é o caixão. Há fila para enterrar os mortos. A queda na produção foi de 20% a 30% este ano por falta de materiais, segundo autoridades. O preço subiu e os funerais passaram a ser adiados:
O país de 30 milhões de habitantes tem 50 fábricas de caixões. O presidente de uma das maiores fábricas afirma que faltam cola, tinta e até tecido para o interior dos caixões.
— Em dois ou três meses a coisa ficará tão séria que talvez não haja caixões para enterrar as pessoas — diz o executivo, Juan Carlos Fernandez.
Ele diz que espera diminuir a produção pela metade no próximo mês.
A demanda por caixões no país é ainda mais alta porque a Venezuela possui uma das mais altas taxas de homicídio do mundo.
A crise dos caixões faz parte de um quadro maior de escassez no país, cuja política cambial controlada pelo governo dificulta a importação de itens como papel de jornal e até papel higiênico — causando imensas filas nos caixas de supermercados.
Ou seja, o socialismo bolivariano produz muitas mortes, mas não é capaz de produzir os caixões para enterrá-los. Nada que afete muito os velhos comunistas, acostumados a jogar suas vítimas em valas comuns mesmo.
Produz também alta inflação, que já supera os 60% nos últimos 12 meses. Nada novo sob o sol aqui também: o socialismo do século 20 foi um estrondoso fracasso, e o do século 21 também. Repete os mesmos equívocos do passado.
“Insanidade é fazer tudo igual novamente e esperar resultados diferentes”, disse Albert Einstein. Os socialistas são insanos. Querem insistir nas mesmas receitas absurdas, e esperar resultados diferentes, por milagre. Depois culpam o “neoliberalismo”, a ganância dos empresários, o lucro, o Tio Sam, as estrelas…
Rodrigo Constantino

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