quinta-feira, 10 de abril de 2014

Greve geral contra governo Kirchner paralisa a Argentina

Uma greve geral convocada por sindicatos e políticos opositores ao governo de Cristina Kirchner paralisa serviços essenciais nesta quinta-feira na Argentina. De acordo com o jornal La Nación, a greve é sentida com força na região metropolitana de Buenos Aires e a paralisação de trens, metrôs, ônibus e voos deixou as ruas da capital e das cidades próximas vazias. Os sindicatos e setores de oposição protestam contra a desvalorização do peso frente ao dólar, a inflação e a insegurança no país.

Os sindicalistas reivindicam a possibilidade de cada setor negociar os salários livremente, sem um teto máximo estabelecido pelo governo. Os trabalhadores também querem que o governo conceda dois reajustes salariais até o final do ano, levando em conta a projeção de 40% de inflação no país para 2014, segundo consultorias privadas de análise de dados macroeconômicos.

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Escolas, bancos e a coleta de lixo também estão com serviços suspensos em muitas cidades do país. Em alguns hospitais, apenas o serviço de emergência está operando normalmente, mas é impossível fazer uma consulta ou um exame. "Existe um elevado grau de adesão", disse Luis Barrionuevo, ex-senador e dirigente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), uma das principais do país. Devido à forte adesão dos trabalhadores do setor dos transportes, a greve nacional já é considerada um sucesso pelos organizadores e um duro golpe contra o governo. No setor privado, "estão parados a Ford, a Kraft, a Volkswagen, a PepsiCo e outras empresas", disse o deputado e líder da Frente de Esquerda, Néstor Pitrola.
Os principais acessos à cidade de Buenos Aires estão bloqueados por piquetes de manifestantes. A ponte Pueyrredón, importante rota que liga a capital à região sul da Grande Buenos Aires, foi bloqueada às 7 horas da manhã. Cerca de 200 militantes do Partido Obrero impedem a passagem de veículos na ponte em ambas as direções.

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