Cine Ideal
Meados da década de 1960,
e acontecia sempre aos domingos.
Eu e meu irmão Nédio íamos
almoçar já pensando na tarde espetacular que estava por vir.
Depois do almoço rodeávamos
nosso pai mudamente, dando sinais do que queríamos, ou seja, dinheiro para ingressos
no Cine Ideal. Ele dava umas voltas para brincar conosco, ativando nossa
ansiedade, depois nos chamando para entregar uns trocados. Saíamos então
felizes rumo ao divertimento mágico.
Ganhávamos dinheiro
suficiente para dois ingressos e dois picolés. Levávamos nos braços gibis para
sem trocados com os outros meninos na fila de entrada, era padrão; Roy Rogers; Durango
Kid; Zorro e Tonto; Tio Patinhas; Pato Donald; Zé Carioca. Mickey e
Pateta;Super-Homem;Mandrake e O Fantasma.
Toda alegria do mundo para
ver os filmes de bang-bang; também Tarzan; Hércules; Maciste; Robin Hood; Santo
El Mascarado Del Plata. O humor maravilhoso de O Gordo e o Magro; Mazzaropi;
Cantinflas; Os Três Patetas e Jerry Lewis.
Nas matinês de domingo se
enchiam os assentos de madeira do Ideal, a garotada toda ansiosa aguardando o
apagar das luzes para o início do espetáculo. Nos filmes de soldados e índios
todos batiam os pés acompanhando a marcha dos casacos azuis (cavalaria
americana).
Quando o mocinho morria no
final achávamos o filme uma droga. Enfim,com chuva ou sol era o nosso programa
de domingo, uma doce expectativa que alegrava toda semana.
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