quinta-feira, 5 de junho de 2014

Estadão-Líder opositor divulga carta aberta e chama Maduro de covarde

O ESTADO DE S. PAULO
05 Junho 2014 | 15h 08

Leopoldo López também acusa a juíza Adriana López, responsável por julgar o processo, de "vender sua consciência"

CARACAS - Depois de ser indiciado pela Justiça da Venezuela na madrugada desta quinta-feira, 5, por crimes de dano ao patrimônio público, associação para delinquir, incêndio e incitação ao crime, o líder opositor Leopoldo López divulgou uma carta aberta "ao povo da Venezuela" por meio das redes sociais.
López acusa a juíza Adriana López, responsável por julgar o processo, de "vender sua consciência ao poder corrupto ratificando a medida de nos manter preso".
Depois de elogiar a posição dos estudantes Christian Hollack e Marco Coello, que também estavam aguardando a decisão, López mandou um recado direto para o presidente Nicolás Maduro, que chamou de covarde, e o que chamou de sua "elite governante": "Têm razão de ter medo. Com todo seu abuso de poder, sua corrupção e antidemocracia não poderão fazer nada contra o bravo povo da Venezuela, que unido conseguirá derrotar a ditadura por pelo caminho popular, democrático e constitucional."
López continua detido no presídio de Ramo Verde, onde está desde fevereiro, quando se entregou às autoridades chavistas, acusado de planejar os protestos contra o presidente Nicolás Maduro.
"Lamentavelmente a Justiça não foi feita. A juíza acatou todas as petições do Ministério Público", disse por meio de sua conta no Twitter o Vontade Popular, partido político do líder opositor.
Por meio de nota, o MP venezuelano confirmou que o 16º Tribunal de controle de Caracas acatou as denúncias contra o oposicionista. "A juíza Adriana López decidiu manter López preso no presídio de Ramo Verde", diz a nota.
A audiência começou na segunda-feira. A defesa do opositor exibiu oito casos ao longo dos últimos anos em que a Justiça venezuelana não determinou a prisão de acusados por casos similares, mas a juíza, nomeada pelo chavismo, não acatou a argumentação. / COM EFE

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