Shimada era um dos proprietários da escola e marido da diretora. Ele e mais cinco pessoas foram acusados injustamente de pedofilia
Fachada da Escola Base, no bairro da Aclimação, São Paulo (Reprodução )
Icushiro Shimada, um dos acusados no caso da Escola Base, morreu no dia 16 de abril, de acordo com informação divulgada por seu advogado Kalil Rocha Abdalla. Icushiro era um dos proprietários da escola particular, localizada em São Paulao, e marido da diretora, Maria Aparecida Shimada. Em 1994, seis pessoas, incluindo o casal Shimada, foram injustamente acusadas de pedofilia num caso que ganhou as manchetes dos jornais do país e chegou a Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão.
O caso da Escola Base ocorreu em março de 1994. Icushiro, sua mulher, um casal pais de aluno, professores e um perueiro, foram acusados de abusar sexualmente de crianças no horário de aula. Mesmo sem o término da investigação, o delegado que cuidava do caso determinou a prisão de todos. A escola e a residência dos envolvidos foram depredadas e os acusados ameaçados de linchamento.
Um mês depois, no entanto, diante da fragilidade das provas, a Justiça mandou outro delegado assumir o inquérito. As novas investigações provaram que o caso não passou de uma série de erros das mães de alunos, do delegado anterior e da imprensa.
Icushiro morreu de infarto, em sua casa em São Paulo. Ele já tinha sofrido um infarto do miocárdio em 1994. Sua esposa, Maria Aparecida Shimada, morreu de câncer em 2007. Segundo o advogado, Shimada moveu diversos processos por perdas e danos depois do episódio e ainda aguardava o pagamento de algumas indenizações.
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