terça-feira, 13 de maio de 2014

Chaim Zaher: aposta em escolas bilíngues

Chaim Zaher, um dos empresários mais bem sucedidos no setor de educação do País, agora quer entrar forte no negócio de escolas bilíngues.
Chaim, que já construiu e vendeu mais de R$ 1 bilhão em ativos educacionais, acha que hoje, nas grandes cidades, há poucas escolas bilíngues de qualidade na educação básica e um grande “afunilamento” nas classes A/B na hora de matricular os filhos.
Seu Sistema Educacional Brasileiro (SEB) já tem uma escola bilíngue em São Paulo (a Pueri Domus) e uma em Belo Horizonte, e planeja abrir pelo menos mais 15, a maioria em capitais. Na lista: Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília e Campinas.
“Não serão escolas bilíngues como essas americanas”, diz o empresário. “Elas serão em período integral, vão seguir o calendário brasileiro e os alunos serão alfabetizados na língua portuguesa, mas terão várias matérias em inglês”.
A meta de Chaim é chegar a 100 mil alunos próprios na educação básica em 2020. Hoje, a SEB tem 35 mil alunos próprios.
As escolas, algumas já em construção, devem usar a marca SEB bem como as marcas locais adquiridas pelo SEB.
Os investidores prestam atenção aos movimentos de Chaim porque, no quesito “bom negócio”, o homem já provou ter currículo.
Em julho de 2010, com o Brasil ainda na moda, ele foi o primeiro empresário do setor a se desfazer de ativos. Vendeu os quatro sistemas de ensino da SEB — COC, Dom Bosco, Pueri Domus e NAME — para a inglesa Pearson por R$ 888 milhões. (Sua família tinha 70% do negócio; seus minoritários, o resto.)
No ano passado, Chaim fundiu a UniSEB, uma empresa de educação à distância, com a Estácio. Recebeu R$ 615 milhões, metade em dinheiro e metade em ações da Estácio a R$ 17,30 por ação. Em seguida, foi ao mercado e comprou a participação que a GP Investimentos tinha na empresa. “A Estácio tem um time bom, que sabe tocar bem o negócio”, diz.
Chaim é hoje o maior acionista individual da Estácio, com cerca de 8% do capital da empresa, e os investidores esperam que ele se torne o presidente do conselho assim que a fusão for aprovada pelo CADE.
Por Geraldo Samor

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