quarta-feira, 2 de abril de 2014

Venezuela: a importante batalha entre democracia e ditadura

O que estamos acompanhando dia a dia na Venezuela é uma importante batalha entre democracia e ditadura, entre liberdade e socialismo. A cada novo dia, o governo bolivariano de Nicolás Maduro avança em direção a Cuba, reprimindo o povo, caçando opositores, asfixiando a imprensa, usando milícias para intimidar a população.
Com a nítida visão de que se trata de um governo ditatorial que pretende destruir de vez o resquício de democracia no país, mais e mais gente se rebela e sai da toca, critica e condena os abusos aos direitos humanos, a falta de democracia.
Dessa vez foi a Igreja. A Conferência Episcopal Venezuelana acusou nesta quarta-feira o partido no poder e o presidente Nicolás Maduro de tentar impor um governo totalitário na Venezuela, o que alimentou os protestos opositores que já duram quase dois meses, com um saldo de 39 mortos:
— O que está acontecendo na Venezuela é extremamente grave tanto por sua magnitude como por sua duração, violência e consequências desastrosas para o nosso presente e futuro — disse o monsenhor Diego Padrón, presidente da Conferência. Ele denunciou “criminalização do protesto público” e a violação dos direitos humanos:
— Denunciamos a abusiva e excessiva repressão contra eles (os manifestantes), a tortura a que foram submetidos muitos dos detidos e a perseguição judicial aos prefeitos e deputados contrários ao oficialismo. O governo erra ao querer resolver a crise pela força. A repressão não é o caminho.
Já a deputada María Corina Machado, que está no Brasil para expor as atrocidades do governo apoiado pelo PT, foi impedida de entrar no Congresso, e o governo jogou gás lacrimogêneo nos protestantes que apoiavam a deputada eleita. Para a deputada, seu país já vive sob uma ditadura:
— Na Venezuela há uma censura atroz. Graças a vocês o mundo viu a crueldade de uma repressão massiva e sistemática por parte do regime de Maduro e começa a chamar as coisas por seu nome. Na Venezuela não há democracia, há um regime que atua como uma ditadura.
Ela garante que não vai esmorecer, pois toda vez que se encontra em perigo, lembra da quantidade de compatriotas corajosos que sofrem sob a tirania bolivariana. Infelizmente, Corina Machado não tem, na presidente Dilma, uma aliada. Ao contrário: nosso governo é cúmplice do próprio tirano que assola seu país e a trata como criminosa!
A batalha entre democracia e socialismo na Venezuela é uma das mais importantes do momento. Pode definir o futuro do continente, ou boa parte dele. Os socialistas sabem disso, e justamente por esta razão investem tão pesado contra a liberdade. Seu poder está em jogo, e essa turma faz qualquer coisa pelo poder. Qualquer coisa.
Se a Venezuela mostrar ser mais forte que a ditadura, se a liberdade derrotar a tirania, se a democracia conseguir se impor frente ao socialismo, então o bolivarianismo pode ruir feito um castelo de cartas. Por outro lado, se Maduro tiver êxito em se transformar no novo Fidel Castro, e matar de vez qualquer esperança de democracia por lá, então os socialistas estarão mais confiantes e ousados, com mais recursos também, para decretar guerra de vez à democracia na América Latina.
O que está em jogo é importante demais, e todos aqueles que têm apreço pela liberdade deveriam acompanhar com muita atenção e, se possível, ajudar os venezuelanos a vencer essa batalha contra o socialismo. Revoltante, claro, é saber que o próprio governo brasileiro joga do lado contrário, dando seu aval e sua ajuda aos algozes dos pobres venezuelanos.
Rodrigo Constantino

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