sexta-feira, 25 de abril de 2014

Bolsa Viagra: Padilha teria indicado diretor de laboratório fantasma

Mensagens interceptadas durante a Operação Lava Jato e obtidas por VEJA arrastam para o escândalo o deputado Candido Vaccarezza (PT-SP) e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Os nomes de ambos aparecem em um relatório enviado à Justiça pela Polícia Federal, detalhando a ligação do deputado André Vargas (PT-PR) com o doleiro Youssef. Eis a mensagem:
Em nota, Padilha fez o que todo petista faz: negou ter indicado alguém para a Labogen. ”Se, como diz a Policia Federal, os envolvidos tinham preocupação com as autoridades fiscalizadoras, eles só poderiam se referir aos filtros e mecanismos de controle criados por Padilha dentro do Ministério da Saúde justamente para evitar ações deste tipo”, diz o comunicado enviado por e-mail por sua assessoria de imprensa.
O Labogen, que nunca havia produzido um comprimido, tinha conseguido fechar um contrato com o Ministério da Saúde no valor de R$ 31 milhões para o fornecimento de citrato de sildenafila, o princípio ativo do Viagra. O acordo só foi cancelado por conta da operação Lava-Jato, que colocou o doleiro Youssef na cadeia. Não fosse a Polícia Federal, teríamos uma espécie de Bolsa Viagra.
Esse detalhe se perdeu em meio aos escândalos infindáveis, que agora envolvem o pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. Por que o governo estava fechando uma compra acima de R$ 30 milhões para o fornecimento de citrato de sildenafila? Um comprimido genérico do Viagra custa R$ 1,50. Ou seja, com esse valor dava para comprar 20 milhões de comprimidos!
É muita ereção em ano eleitoral, não é mesmo? Esse é o governo do PT: importa “médicos” cubanos e subsidia a produção do Viagra, enriquecendo o amigo doleiro no processo. E os pobres no SUS que se explodam!
Rodrigo Constantino

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