terça-feira, 18 de março de 2014

Tem gente do futebol preocupada com as prisões dos doleiros na “Operação Lava Jato” da Polícia Federal

Do blog do Paulinho

Um corre-corre generalizado de empresários, dirigentes e jogadores que se utilizam dos serviços de alguns doleiros presos na “Operação Lava Jato” da Polícia Federal marcou o dia alguns profissionais do futebol.

Eduardo Antonini, responsável pela organização financeira da Arena Grêmio, teve sua casa “visitada” pelos policiais, após constatação de que recebeu dinheiro de um dos detidos.

Por sinal, o conselheiro gremista, que havia desmentido sua prisão por furto na Flórida, revelada pelo blog, no início do mês constituiu advogado nos EUA para defendê-lo, inclusive com movimentação processual já executada.

Outros preocupados são os empresários Franck Henouda, Fernando Carvalho e Carlos Leite, além do treinador Abel Braga, todos clientes dos doleiros, que podem ter realizado remessas de dinheiro, talvez não adequadamente contabilizadas.

Há também o pessoal de Goiás, entre eles os jogadores Josué e o treinador Helio dos Anjos, além do jornalista Olivério Junior, assessor de Andres Sanches, que, não por acaso, dois meses após se tornar presidente do Corinthians, ingressou no contrato social de dois postos de combustíveis, além de ter ligação estreita com um factoring que possuiu sede no Uruguai, conhecido paraíso fiscal.

Todos do grupo comercial que, segundo a PF, teria sido utilizado para lavar dinheiro trazido pelos doleiros ilegalmente ao Brasil.

Como quase sempre os mais inteligentes não costumam deixar rastro, nem assinam recibo de operações fraudulentas, raramente os que são culpados acabam processados pelos respectivos crimes, razão pela qual a PF, generosamente, deve propor delação premiada a alguns dos detidos, talvez a única maneira de conseguir, ao menos, indícios da participação doutras pessoas no referido esquema.

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