segunda-feira, 31 de março de 2014

Do blog do Ricardo Setti

Post do leitor e amigo do blog Ruy Jorge, advogado em Brasília
Um dado da última pesquisa CNI/IBOPE sobre o governo Dilma chamou minha atenção:
– Na comparação entre os governos de Lula e Dilma, 46% acreditam que os dois governos são iguais.
Como a pesquisa revela também que parte substancial da população considera ruim ou péssimo o governo Dilma, isso deve significar que quase metade considera o governo Lula tão ruim quanto o de D. Dilma.
Como, então, explicar os oitenta e cinco por cento de aprovação do governo Lula que levaram à eleição de sua continuadora, a super-gerentona?
Acredito que isso se deva ao simples passar do tempo e aos resultados da continuidade das políticas iniciadas por Lula.
Após três anos do fim dos mandatos de Lula, as pessoas avaliando com mais objetividade e distanciamento, constatam que a continuidade daquilo que, em um primeiro momento, lhes parecia tão favorável resultou, na verdade, em um grande desastre.
Faz lembrar o Plano Cruzado: no início, uma foi grande euforia, o então presidente José Sarney considerado um grande estadista; depois a constatação do grande mal que fez ao país.
Nada como o passar do tempo para que as pessoas pensem e façam as devidas comparações, avaliando as consequências das medidas tomadas pelos governos.
Uma coisa é a sensação momentânea de que tudo vai bem, coisa muito diferente é a constatação, posterior, das verdadeiras consequências daquele aparente ¨tudo vai bem”…
É aí que aparece a verdadeira avaliação dos governos.
O governo de D. Dilma, inegavelmente, nada mais é do que a continuação do que foi o governo Lula.
Tudo o que ocorre hoje, e que leva à deterioração do conceito da população quanto ao governo Dilma, foi iniciado e é consequência de medidas e políticas adotadas no governo Lula.
Vejamos:
- Refinaria de Pasadena,
- Refinaria Abreu e Lima,
- alta da inflação,
- modificações no marco regulatório dos setores elétrico e do petróleo,
- represamento artificial dos preços administrados,
- aumento dos gastos públicos de custeio,
- destruição gradual das regras de responsabilidade fiscal,
- destruição da Petrobras e da Eletrobrás,
- aparelhamento do Estado, etc.
Dilma, na verdade, só fez continuar a “obra” (valeria, aqui, o trocadilho com um certo verbo?) iniciada por Lula.
Parece que o povo começa a ver isso.

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