quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

MAIS IMPOSTOS

Em sua coluna de hoje na Folha, Vinicius Torres Freire argumenta que devemos estar preparados para um aumento de impostos à frente. O colunista pergunta: “De onde vai sair o dinheiro para o governo cumprir a meta de poupança que anunciou na semana passada?”
Os agentes do mercado podem até se mostrar dispostos a dar um voto de confiança ao governo, após a aparição surpresa do ministro Guido Mantega em um evento, para reafirmar seu compromisso pessoal com a meta. Mas, mesmo ignorando o histórico do governo e aceitando seu desejo de cumprir o número fiscal, resta perguntar: como?
Não existem tantas alternativas, principalmente quando conhecemos a forma de pensar do PT. Freire conclui:
Logo, restam mágicas, milagres e aumento de impostos. Mágicas e milagres, tais como arrumar receitas extraordinárias de fontes esquisitas, jogariam no brejo as promessas de bom comportamento do governo. Se não acontecer um “espetáculo do crescimento” da receita, vai ser preciso aumentar imposto.
Exatamente. Em dezembro de 2013, escrevi um texto argumentando justamente que o PT, se vencer as próximas eleições, irá aumentar nossos impostos em 2015. Talvez o faça antes mesmo, ainda neste ano. O cobertor é curto. A meta de superávit de 1,9% não pode ser alcançada sem aumento da receita, e sabemos que a atividade econômica não ajudará. Corte de gastos, com o PT, será apenas paliativo.
Não se enganem: o que o PT deverá fazer é expropriar ainda mais recursos do povo brasileiro via aumento de impostos. É que pagamos tão pouco, não é mesmo? O que são quase 40% de tudo que é produzido, quando temos tanto retorno por parte do estado? O que importa que os demais países emergentes tenham carga tributária bem menor que a nossa?
Para quem tem apenas um martelo, tudo se parece com prego. O PT só tem um instrumento: impostos (incluindo o mais nefasto de todos, o inflacionário). Portanto, preparem o bolso, porque vem mais mordida do leão aí…
Rodrigo Constantino

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