quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lula apoia o usurpador Maduro, por Erico Valduga

O ex-presidente da República do Brasil, onde prevalecem as regras da Constituição, opta pelo sucessor de Chávez na violação das leis da Venezuela

O respeito à lei e às normas éticas que norteiam o comportamento de todos os cidadãos são o principal indicativo do estágio de civilização alcançado das sociedades nacionais. Gostamos de acreditar, prezados leitores, que o nosso país avança nos dois conceitos, em paralelo com a sua importância geopolítica, econômica e social no mundo. Mas notícia de ontem aponta que ambos apenas são valorizados se coincidirem com o interesse partidário e ideológico dos donos do poder na República. Se não coincidirem, prevalece a máxima que a cidadania rejeita, a de que os meios, não importa quais, são justificados pelos fins. Ao fato. A televisão venezuelana divulgou um vídeo, na véspera do início oficial da campanha eleitoral, em que o ex-presidente Lula, sem querer querendo “interferir em um assunto interno” do país, afirma que “um [Nicolás] Maduro presidente é a Venezuela que Chávez sonhou”.

É elementar o direito do antigo dirigente sindical apoiar este ou aquele candidato, mas é preciso uma explicação para a sua escolha de democrata confesso recair no usurpador que preside interinamente o país, na condição de vice-presidente não empossado regularmente, graças a entendimentos tortuosos de uma corte constitucional viciada pela nomeação de “companheiros”. Lula deve fidelidade às regras do jogo democrático brasileiro, pelo qual disputou cinco eleições e se elegeu duas vezes para a chefia do Executivo. E aqui, por enquanto, prevalece o jogo disciplinado pela Constituição do Brasil, não pelas orientações facciosas do Foro de São Paulo, que pretende recriar na América Latina os regimes marxistas que deram errado no mundo todo. Viu-se, não faz muito, o apoio mal-sucedido do governo brasileiro à tentativa dos neomarxistas de violar a Constituição paraguaia. Na condição de representante acreditado da política brasileira, ele deve esclarecer as causas que o levam a defender de público a eleição de um fora da lei.

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