domingo, 23 de setembro de 2012

Mão no desperdício

Espremidos no banco de trás do carro oficial, Tancredo Neves e mais três parlamentares jogavam conversa fora. Falavam sobre a importância do sexo na vida do homem. Um deles não se sentia à vontade com o assunto – uma deputada correligionária do então governador de Minas, conhecida pelo tamanho do sapato que usava. O papo prosseguiu e a moça só ouvia os comentários libidinosos dos políticos. Percebendo que ela não estava mesmo à vontade, Tancredo colocou a mão delicadamente sobre suas pernas e disse, como um lamento:
- Ah, menina... já pensou se eu pudesse e você gostasse?

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