PRIMEIRAS LETRAS
Por Anderson Moura*
“Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas” (Mário Quintana).
Vemos o planeta em ebulição; gente nos quatro cantos do mundo, conectadas nas redes sociais, organizando protestos e derrubando governos autoritários e intolerantes... Mas e no caso do Brasil? Falta muito para vencermos o maior entrave às engrenagens da igualdade social: a corrupção. Desta maneira, o mais importante é cultivarmos o não-conformismo e colaborarmos para que um número maior de pessoas seja capaz de ler o mundo e reinterpretá-lo à luz das mudanças necessárias. É justamente aí que reside o papel fundamental da educação e da promoção da leitura.
Uma recente pesquisa divulgada no primeiro semestre pelo Instituto Pró-Livro diz que o brasileiro tem lido cada vez menos livros. Sinceramente, não é o que temos observado por aí... Além do mais, sabemos que quantidade de livros lidos não é quantidade de páginas. Vários dos livros que estão nas listas de mais vendidos há várias semanas são verdadeiros calhamaços. Um dos volumes de uma dessas séries juvenis de fantasia épica tem cerca de 900 páginas! No Skoob (Do inglês ‘books’. Livros, de trás para frente) – a rede social dos aficcionados em livros – constatamos que os títulos de ficção de bruxinhos e vampiros estão entre os mais lidos na atualidade; e, na vida real, facilmente podem ser encontrados nas carteiras de colégios, nas mãos de estudantes. Se despertarem o jovem para o hábito de leitura, certamente podem significar o ponto de partida para o contato com outros gêneros literários.
O escritor e cartunista Ziraldo, autor de "O Menino Maluquinho", costuma dizer que “ler é mais importante do que estudar”. O dito já gerou polêmica entre educadores; mas concluímos que a afirmação é certeira, pois só gosta de estudar quem gosta de ler. Como podemos, então, incentivar de forma eficaz o gosto pela leitura?
As primeiras letras devem ser incentivadas desde cedo, contando histórias para as crianças; presenteando-as com revistas de história em quadrinhos; apresentando-as o mundo dos livros; levando-as para conhecer uma biblioteca; ou dando a elas oportunidade de escolher um livro numa visita à livraria. A criança também crescerá aprendendo a gostar de ler, se ver os adultos praticando o mesmo hábito saudável; como a torcida do clube de futebol que cresce pela ação dos pais que vestem a camisa do time e presenteiam seus filhos com ela desde o berço. São atividades nobres como plantar uma árvore e regá-la... sem elas não colheremos os frutos de uma sociedade melhor.
*Anderson Moura é professor e terciário franciscano. Coordena a Biblioteca Comunitária Alceu Amoroso Lima, em Nilópolis (RJ).
“Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas” (Mário Quintana).
Vemos o planeta em ebulição; gente nos quatro cantos do mundo, conectadas nas redes sociais, organizando protestos e derrubando governos autoritários e intolerantes... Mas e no caso do Brasil? Falta muito para vencermos o maior entrave às engrenagens da igualdade social: a corrupção. Desta maneira, o mais importante é cultivarmos o não-conformismo e colaborarmos para que um número maior de pessoas seja capaz de ler o mundo e reinterpretá-lo à luz das mudanças necessárias. É justamente aí que reside o papel fundamental da educação e da promoção da leitura.
Uma recente pesquisa divulgada no primeiro semestre pelo Instituto Pró-Livro diz que o brasileiro tem lido cada vez menos livros. Sinceramente, não é o que temos observado por aí... Além do mais, sabemos que quantidade de livros lidos não é quantidade de páginas. Vários dos livros que estão nas listas de mais vendidos há várias semanas são verdadeiros calhamaços. Um dos volumes de uma dessas séries juvenis de fantasia épica tem cerca de 900 páginas! No Skoob (Do inglês ‘books’. Livros, de trás para frente) – a rede social dos aficcionados em livros – constatamos que os títulos de ficção de bruxinhos e vampiros estão entre os mais lidos na atualidade; e, na vida real, facilmente podem ser encontrados nas carteiras de colégios, nas mãos de estudantes. Se despertarem o jovem para o hábito de leitura, certamente podem significar o ponto de partida para o contato com outros gêneros literários.
O escritor e cartunista Ziraldo, autor de "O Menino Maluquinho", costuma dizer que “ler é mais importante do que estudar”. O dito já gerou polêmica entre educadores; mas concluímos que a afirmação é certeira, pois só gosta de estudar quem gosta de ler. Como podemos, então, incentivar de forma eficaz o gosto pela leitura?
As primeiras letras devem ser incentivadas desde cedo, contando histórias para as crianças; presenteando-as com revistas de história em quadrinhos; apresentando-as o mundo dos livros; levando-as para conhecer uma biblioteca; ou dando a elas oportunidade de escolher um livro numa visita à livraria. A criança também crescerá aprendendo a gostar de ler, se ver os adultos praticando o mesmo hábito saudável; como a torcida do clube de futebol que cresce pela ação dos pais que vestem a camisa do time e presenteiam seus filhos com ela desde o berço. São atividades nobres como plantar uma árvore e regá-la... sem elas não colheremos os frutos de uma sociedade melhor.
*Anderson Moura é professor e terciário franciscano. Coordena a Biblioteca Comunitária Alceu Amoroso Lima, em Nilópolis (RJ).
fONTE: Blog do Ancelmo Gois
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